Marechal Osório

Olá pessoal. Este blog tem por um objetivo bem claro explorar a vida de Osório e comentá-la de uma maneira bem "relax" e tranquila de ler. As postagens são exibidas uma por página, então é só clicar no link "postagens mais antigas" ou nos títulos do lado esquerdo da tela para ver a postagem correspondente.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Osorio e a sua produção literária


Osorio, quando era jovem, aos 14 anos de idade, conhecia a natação, a equitação e a dança. Montava em qualquer animal, sendo bravo ou sendo manso, encilhado ou em pêlo, sempre demonstrando bravura, vigor e qualidades práticas inigualáveis. Porém uma curiosidade começa a despertar-lhe quando escuta as conversas militares de seu pai, de tudo ele indagava, perguntava demonstrando muito interesse. Parecia que ele admirava a intensa carreira militar de seu pai e desejava segui-la. Então Osorio se tornou soldado, não porque quisesse verdadeiramente, mas porque a isso levaram as circunstâncias, ele sempre brincava de capitanear a gurizada da estância e da escola de Miguel Alves formando partidos e construindo lanças de pau.

Osorio como soldado possuía um forte traço de sua personalidade, como nenhum outro sobrepujou em qualidades, mas sem amar a vida da farda. Ele não amava o campo de batalha e nem o tumulto dos acampamentos. Preferia estudar, tinha vontades de aprender novas línguas e era muito interessado em política e em livros, aguçava-lhe o gosto literário. Seu pai era um homem sem recursos e não possuía condições de sustentar o filho em uma cidade grande a fim de lhe conceder os estudos.

Silva Borges, decidindo fazer do filho um soldado leva-o consigo, tornando-o cadete no momento oportuno e assim, com o passar do tempo, Osorio vai aceitando a idéia do pai e passa a acolher a vida militar, uma vida que é lembrada até os dias de hoje.

Com uma liderança carismática, Manoel Luis Osorio não tratava seus subordinados com indiferença, era muito comum encontrá-lo conversando nos acampamentos, tomando mate, exercendo uma liderança nata. Ele era muito saudado quando chegava aos campos de batalha, local onde apeava o cavalo para cumprimentar sua tropa, é por essas razões que a literatura ao seu respeito nos informa claramente que ele era um homem admirado por todos os seus comandados.

Durante as muitas batalhas na vida de Osorio, ele passa a sofrer de amores por Ana, uma moça cuja família, uma das mais ricas da vila, era conhecida íntima de um dos colegas de Osorio. Este os põem em relações e assim inicia o primeiro e talvez o único infortúnio amoroso na vida de Osorio. Os pais de Ana não permitiam tal relação entre os dois, devido às condições financeiras de Osorio. Um tenente na época ganhava muito pouco e não sustentaria com todo o conforto a jovem Ana. Quanto mais é proibido o amor dos amantes, mais eles se amam, tornando o desejo cada vez maior e formando uma intriga contra a família da moça.

Nesse período Osorio se hospedava na mesma vila onde morava Ana, e os pais da jovem donzela não ficavam tranqüilos com isso. Foi então que apelaram para a amizade do Comandante das Armas, o Marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, que concedeu um destacamento na fronteira para Osorio. Partindo sem revolta para uma nova missão, o Tenente vai com o coração cheio de amor e inicia uma composição lírica, em versos, da história desse amor.


“Contra a vontade te deixo
Porque o fado quer assim,
Vou suportar no desterro
Delírio ardente sem fim!”

Porém, a família de Ana não dá descanso para Osorio e a impede de fazer o que chamam de um mau casamento, arranjando-lhe um novo e bom partido. O casamento é consumado e quando esta notícia chega até Osorio ele escreve mais versos e registra sua mágoa.

“Por lei do fado tirano
Voou do meu coração
A minha doce ilusão
Nas asas do desengano.”

Educado e criado nas labutas da guerra, tendo uma escolaridade rudimentar, expressava seus sentimentos em versos que às vezes apresentavam erros na escrita, porém na palavra falada eles não eram evidentes, não era encontrada incorreção. Aí estão algumas das citações de Osorio:

“Eu não sou dos que pensam que o Exército não deve cuidar da ordem pública, porque a Nação é quem paga o soldo. E não é seguramente para estar só no quartel aprendendo o manejo.”

“Em matéria de serviço público, não indago a posição dos brasileiros na política, e sim quais o que cumprem bem os seus deveres em bem da Pátria.

A caminho da guerra dos farrapos, Osorio conhece outra jovem, Francisca de Oliveira, pela qual se encanta profundamente, ocupando o lugar de Ana em seus pensamentos. Casa-se com Francisca em Bagé no dia 15 de novembro de 1835. E então logo parte para a guerra se despede da jovem esposa:

Já soa o clarim de Marte!
Vou deixar-te, minha amada!
Suspirando corro às armas.
Adeus, mulher adorada.
Baixando à campa,
Frio jazigo;
A tua imagem
Irá comigo."

Ao contrário do que muitos pensam -inclusive nós, integrantes deste humilde grupo-, Osorio não se restringiu a escrever sobre batalhas, mortes e armas, mas sim sobre suas angústias pessoais, que, na sua condição de Comandante, muitas vezes tivera que omitir, para que seus comandados não percebessem aflições e dores amorosas. Como vemos, ele foi um homem de poucas, porém profundas palavras sobre sua vida pessoal. Além disso, vemos que, para esquecer a dor de perder sua amada, se lança aos campos de batalha, como forma de fuga para os problemas. Osorio, apesar de não ter uma instrução densa e profunda, se mostrou hábil com palavras, ainda que simplórias e humildes.

Bibliografia:

livro OSORIO síntese de seu perfil histórico
J.B. Magalhães

editora Bliblioteca do exército
páginas 30 a 51



Flávia

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Armamentos de Osório

Olá pessoal, beleza? Bom... O grupo coloca agora à disposição de vocês um arquivo do Power Point sobre armamentos de Osório. Esse arquivo é somente uma prévia, pois maiores pesquisas estão sendo feitas. Segue o link para download:

http://rapidshare.de/files/40103834/Armamentos_de_os_rio.ppt.html


(o download foi verificado às 15:10 do dia 28 de julho e fica disponível por trista dias. Caso encontrem alguma dificuldade pra baixar, deixem um comentário que vamos rever o link certo?)



Lauro e Igor

domingo, 27 de julho de 2008

Algumas Curiosidades sobre Osório

O presidente argentino Domingos Sarmiento elogiou a cavalaria comandada por Osório: “...notáveis cavaleiros: montavam até em potros com a elegância que não tinham os gaúchos argentinos. Laçavam com qualquer das mãos, sem que seus arreios militares, suas lanças, suas espadas e pistolas à cintura os embaraçassem.”

Osório era amava o mate amargo, e tinha sempre consigo uma cuia ricamente adornada e uma inseparável bomba de prata.

Em 1871, Osório recebeu o Sabre de Honra do então coronel Deodoro da Fonseca. O sabre que recebeu é uma arma cinzelada em ouro e ornada em diamantes, medindo 1,08 metros e pesando 1,92 quilogramas. Em sua lâmina estão gravadas cenas de combates.


Em 1877 ele recebeu a Lança de Honra, mandada confeccionar pela população do Rio de Janeiro. A lâmina está apoiada num capitel de ouro, onde desponta uma águia.


Curiosidades no Front de batalha:

O rancho das tropas de Osório não era um luxo, como algumas pessoas pensam! Pela manhã ninguém tomava café, apenas tomavam chimarrão, ou como diziam, mateavam. Para o almoço, os soldados ganhavam carne fresca para o churrasco (acredite, eles comiam churrasco todos os dias), um pouco de farinha, erva-mate nova e cachaça. Às vezes ganhavam feijão e charque. Comandantes do estilo de Osório não ficavam apenas na parte burocrática das batalhas. Ele ia junto com as tropas, e assim, eles se sujavam, passavam fome e tinham o corpo picado por insetos de todos os tipos. As muquiranas, que nada mais eram do que uma espécie de piolho, impregnavam as roupas, mantas pelegos, mochilas e arreios. Osório lamentava que sua farda ficasse tão debilitada, mas não tinha o que fazer.

Por falar em roupas, não pense que as tropas de Osório tinham um uniforme bem passado, coturnos bem lustrados e barbas bem feitas. O Patrono da Cavalaria era gaúcho e combatia com conterrâneos, então confira a descrição das tropas de Osório, feitas pelo General Dionísio Cerqueira: “Barbas longas até o peito, cabelos trançados.... longas adagas... todos tinham boleadeiras, umas de marfim, outras de ferro... traziam ainda a chaleirinha de mate pendurada na argola...”. É isso mesmo! Os soldados de Osório eram gaúchos, e combatiam de chiripás, bombachas, guaiacas, palas, botas e tudo mais que caracteriza um homem gaúcho da lida do campo! Dá-lhe Rio Grande amado! Aqui vão alguns sites de onde os materiais foram retirados para as postagens do blog e que contém também algumas curiosidades.
Para nós, que escrevemos este artigo, muito supreendeu o cotidiano tanto nos campos de batalha quanto do próprio Marechal. Se comparássemos as guerras de hoje com as da época de Osorio, haveria um choque cultural tão grande, que talvez a guerra nem existiria. Os soldados se comportavam como os mesmos homens rudes que faziam a lida, e, ao mesmo tempo, como os heróis que, com galhardia, defenderam a nossa Pátria. Osorio foi uma mistura de regionalismo com patriotismo, de emoção e razão.
http://www.osorio.org.br/osorio_lancas.htm


http://www.osorio.org.br/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lu%C3%ADs_Os%C3%B3rio


http://bicentenariosorio.com/osorio/index.php?option=com_content&task=view&id=12&Itemid=26
(Todos os sites foram acessados dia 27 de julho às 16:00 horas)



Silveira e Lauro

A Cronologia


O grupo dispõe, a seguir, uma vasta cronologia dos fatos que ocorreram durante a vida de Manuel Luís Osório.

1808, maio: Manuel Luís Osório nasce em "Conceição do Arroio" (atual Osório);

1822: Osório participa das lutas pela independência do Brasil sob a “ordem” do pai;

1823: Osório alista-se no exército brasileiro;

1824: As lutas em Montevidéu acabam na Província Cisplatina, atual Uruguai;

1825, 19 de abril: Juan Lavalleja cruza o rio Paraná, dando início à campanha de independência do Uruguai: campanha libertadora dos 33 Orientales;

1825, 10 de dezembro: o Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina) começam uma guerra;

1827, 20 de fevereiro: Batalha do Passo do Rosário;

1827: Osório mantém com Juan Lavalleja os primeiros contatos para a paz;

1828: O Tratado do Rio de Janeiro reconhece a independência do Uruguai;

1829: O batalhão de Osório permanece estacionado em Rio Pardo;

1835: Inicia-se a Revolução Farroupilha;

1835: Juan Manuel de Rosas assume o governo em Buenos Aires;

1835: Em Bagé, no dia 15 de novembro, Osório encontra sua alma gêmea e casa-se com Francisca Fagundes de Oliveira, natural de Caçapava do Sul, e filha de Zeferino Antônio Fagundes de Oliveira e Vicência Constança de Sousa;

1838: Fructuoso Rivera chega no poder em Montevidéu; seu adversário, Manuel Oribe, refugia-se na Argentina;

1842: Luís Alves de Lima e Silva, nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul, promove Osório a tenente-coronel;

1842: Oribe, apoiado por Rosas, invade o Uruguai; inicia-se o sítio de Montevidéu;

1845: Um acordo põe fim à luta entre o exército brasileiro e os farroupilhas;

1845-1848: Constantes conflitos na fronteira entre os uruguaios de Oribe e os rio-grandeses em represália aos ataques de Manuel Oribe; organizam-se as califórnias;

1850: A Argentina e o Brasil rompem relações diplomáticas;

1850: Iniciam-se entendimentos entre o Brasil, o Paraguai, o Uruguai (colorados) e as províncias argentinas do rio Paraná;

1851: Tropas de Urquiza e Caxias avançam para Montevidéu; Oribe rende-se;

1851: Batalha de Monte Caseros; derrotado, Rosas refugia-se num navio inglês;

1864: O Paraguai declara guerra ao Brasil;

1865: Os paraguaios anexam o sul da província de Mato Grosso, tomam a província argentina de Corrientes e invadem a Província de São Pedro do Rio Grande;

1865: Formada a Tríplice Aliança;

1865: Osório, no comando das tropas brasileiras, cruza o rio Paraná (batalha do Passo da Pátria);

1865, setembro: Cercado em Uruguaiana, Antonio de la Cruz Estigarribia rende-se; os paraguaios evacuam a província argentina de Corrientes;

1866, maio: Batalha de Tuiuti; Osório feito barão de Erval, adoece e deixa o comando - em seu lugar fica o marechal Polidoro Jordão;

1868: Osório volta à luta sob o comando de Caxias, participa da batalha de Humaitá (fevereiro), da batalha de Itororó (dezembro) e da batalha de Avaí, onde é ferido em regresso a Pelotas; recebe o título de cidadão argentino e é elevado a visconde de Erval;

1869: Caxias entra em Assunção;

1869: Inicia-se a Campanha da Cordilheira;

1869: Chamado pelo conde d'Eu, Osório toma parte na batalha de Peribebuí;
1869: Elevado a marquês de Erval;

1870: Batalha de Cerro Corá; fim da Guerra do Paraguai;

1877: Osório é escolhido senador do Império;

1878: Osório ocupa a pasta de Ministro da Guerra;

1879, 4 de outubro: Falece no Rio de Janeiro, aos 71 anos de idade.
Então gente... como não tem muito o que mudar numa linha do tempo; o grupo resolveu copiá-la e corrigir os erros de ortografia, além de remover links e outras coisinhas xaropes que não sevrem pra nada.
Pra quem quiser conferir o site do qual essa linha do tempo foi extraía pode acessar:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lu%C3%ADs_Os%C3%B3rio (site visitado dia 27 de julho às 16:00 horas)
Flávia e Igor

Um Breve Histórico de Osório







Bom, pra começo de conversa é muito importante identificar a sua principal identidade: Patrono da Cavalaria e do Exército Brasileiro.

Manuel Luís Osório (1808 – 1879) era filho de um humilde peão descendente dos açorianos, Manuel Luís, e de Ana Joaquina Luísa Osório, da família proprietária de terras. O terreno, ou melhor, a casa de seus pais ficava pertinho da Laguna dos Patos, onde hoje se encontra o Parque Marechal Osório - nada mais justo e óbvio que chamar esse parque pelo nome do, podemos dizer, herói do século XVIII.




Então... O Manuel começou a sua carreira militar com apenas quatorze anos de idade na Batalha de Independência do Brasil em 1822 contra as tropas portuguesas, presentes na Província Cisplatina (que hoje é o Uruguai). Posteriormente nosso amigo lutou na Guerra da Cisplatina e como tenente da Batalha do Passo do Rosário e na Guerra dos Farrapos. Após os conflitos e desentendimentos serem extintos (pelo menos por enquanto), Osório manteve-se no exército imperial. Da mesma forma, lutou nas campanhas platinas. Legal né? O cara era novo e importante!

Seguindo pela sua rica – no sentido de complexa – vida, vemos que quando a Guerra da Tríplice Aliança começou, ele já era tratado com bastante respeito, recebendo o comando do I Corpo do Exército Imperial. Lutou na batalha de Tuiuti, na qual teve um papel ao menos importante ao comandar o centro do dispositivo militar brasileiro contra o ataque paraguaio. Aí nesse ponto temos um problema... Nosso amigo Manuel teve seu estado de saúde agravado e o I Corpo do Exército Imperial recebeu um novo comandante, o general Polidoro Jordão.

O Osório retornou ao campo de batalha em 1867, já recuperado de sua crise de saúde e agora assumindo o III Corpo do Exército Imperial. Bom, nessa época, Manuel e o marechal-de-exército Luís Alves da Lima e Silva (marquês de Caxias) eram amigos chegados e por isso Manuel chegou a fazer parte da equipe responsável pelo planejamento do ataque contra a Fortaleza de Humaitá. Osório foi então agraciado por Caxias com o importante papel de iniciar o ataque contra as barreiras de Humaitá que a protegiam contra ataques.

Manuel ainda lutou nas batalhas de Itororó e Avaí em 1868 quando os inimigos sentaram o sarrafo no coitado do nosso amigo e ele teve de abandonar o campo de batalha mais uma vez. Devido a esse triste acontecimento, Osório não esteve presente na queda de Assunção em janeiro de 1869. Ainda em 1869, chamado pelo conde d’Eu, Osório participou na Batalha de Peribebuí. Um pouco mais tarde, Manuel recebe o título de marquês do Herval. Em 1877, Osório é escolhido senador do Império.

Pois é né... Depois disso o fato mais importante na vida de Osório foi sua morte em 1879.

Então... O legado que este homem deixou sobre o Brasil foi imenso. O mais importante é que após a morte deste cidadão, foi aberto espaço para uma nova geração de militares, que sofreram forte influência dos militares caudilhistas e insubordinados dos países vizinhos e que eram em sua maior parte indiferentes a Monarquia quando não opositores.


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Correia, Radd e Lauro

sábado, 26 de julho de 2008

O Novo Blog

Bom pessoal, o grupo 2 da turma 101, formado pelos alunos Lauro, Flávia, Silveira, Radd, Correia e Igor tem um objetivo bem claro que é trazer informações sobre a vida do Mal. Manuel Luís Osório de uma maneira bem descontraída, eficaz e direta, beleza? Então assim... o blog contará com, no mínimo, uma atualização semanal, além de curiosidades e várias outros assuntos que ainda estão a ser definidos pelo grupo. Nosso objetivo é realizar um trabalho diferente, com um pouco mais de criatividade, certo?
Grupo 2